domingo, 27 de abril de 2014

Dacia desafio à grave crise no continente Europeu. Marca romena lidera grupo de carros populares na Europa.

Dacia desafio à grave crise no continente Europeu. Marca romena lidera grupo de carros populares na Europa.
No Brasil ele é vendido pela Renault com o nome de Sandero e Logan. Na contramão da grave crise europeia, atualmente o Dacia representa o melhor crescimento na Europa e atrai clientes de diversas classes e segmentos, com margem de lucro semelhante à dos fabricantes de automóveis de luxo. Fabricado na Romênia, o Dacia ilustra mudança de paradigma na indústria.
Muito embora seus carros não tenham sido projetados inicialmente para mercados desenvolvidos, como aponta uma análise do Financial Times (FT), o Dacia conquistou seu espaço na Europa Ocidental.
A combinação de design de baixo custo com instalações simples, sem pretensões de agradar aos exigentes consumidores da Europa Ocidental, o Dacia se transformou na marca de maior sucesso no continente após o crescimento das vendas.
Pesos-pesados ​​da indústria europeia de automóveis têm alertado que a remoção de barreiras comerciais para os mercados emergentes compromete os lucros e empregos nos países desenvolvidos.
Na tentativa de ampliar seu crescimento, as mesmas empresas passaram a repatriar mercados europeus ocidentais com a adoção do mesmo modelo estratégico utilizado com sucesso em países emergentes.
A indústria automotiva passa por uma transição para um modelo mais eficiente, caracterizado pela diminuição do número de plataformas e oferta globalização. As empresas estão tentando simplificar os processos de produção e reduzir os custos de desenvolvimento, que agora pode atingir 1 bilhao de dólares para um único modelo.
As tradicionais estratégias automotivas utilizadas em mercados emergentes do Ocidente foram revistas, e muitos fabricantes descobriram que carros mais baratos têm tido excelente aceitação em países desenvolvidos.
Atualmente, cerca de 18% das vendas de carros na Europa corresponde a carros de baixo custo, em comparação a 13% em 2002, de acordo pesquisa feita pela AlixPartners. Esses veiculos tambem desfrutam de uma promocao eficaz, a principal caracteristica que o foco e um conceito simpes – o melhor relação custo benefício.
"Variedades nas cores exteriores estão limitados a apenas cinco tons, os painéis das portas são idênticas em vários modelos e o para-brisas é construído em um ângulo de inclinação para reduzir a instalação do cotovelo", escreve o Financial Times.
Devido à simplicidade do processo de concepção e produção, foi introduzido ao mercado britânico o Dacia Duster SUV, com um preço a partir de £ 9.000, ou seja, a 4.000 libras esterlinas a menos do que o modelo mais barato concorrente de uma marca bem conhecida.

"É o melhor exemplo de carro arrojado para mercados emergentes foi introduzido nos países desenvolvidos e consagrado um verdadeiro sucesso. Estavam muito à frente de qualquer outro fabricante de automóveis ", comenta o professor Jan- Benedict Steenkamp, autor do livro: Brand Breakout, a study of emerging market brands that compete worldwide.
Com a venda do Dacia, como um todo, a Renault foi capaz de resistir à crise melhor que o mercado da Europa Ocidental. A marca romena foi responsável por 24% do grupo de caça na Europa no primeiro semestre deste ano. Sem a popularidade do Dacia, as vendas da Renault teria diminuído em mais de 10% no mesmo período do ano, diz o FT.
O Morgan Stanley estima que, no ano passado, o Dacia registrou para a marca Renault margem de lucro operacional de 9% em comparação aos 2%.
A estratégia da Renault começa a ser seguida por outras empresas. A Ford vai trazer para a Europa no próximo ano o EcoSport SUV, projetado no Brasil e produzido na Índia. O carro mais vendido da Hyundai na Europa, o i10 foi criado originalmente para o mercado indiano, mercado este onde espera-se um grande volume de vendas para o modelo Nissan Pixo.
"Existe um mercado global de pessoas que focadas na relação custo-benefício. Essa massa de pessoas é global e não se limita aos mercados emergentes", diz o professor Steenkamp.

A Volkswagen, Toyota, Ford, Hyundai e Suzuki têm investido grandes somas em centros de pesquisa e desenvolvimento na Índia, enquanto a subsidiária brasileira da Fiat ganhou alguns anos em relação à autonomia do grupo em termos de design. Quase todos os fabricantes de automóveis têm atividades internacionais de desenvolvimento presentes na China.