Em meio à
persistente recessão na zona do Euro, em 2013 a economia
romena registrará um aumento de 2,5%. Segundo o relatório de setembro da Economist Intelligence Unit (EIU), o
crescimento vai se acelerar ainda mais no período entre 2014 e 2017, a uma taxa
média de 4% ao ano.
A previsão
de setembro da EIU está ligeiramente acima em comparação ao relatório publicado
em julho, o que indicava um crescimento de 2,4% para 2013, e uma taxa média
anual de menos de 4% para o período entre 2014 e 2017.
A Romênia
já saiu da recessão em 2012 com um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB)
de 0,7%, e a recuperação de sua economia deverá fortalecer moderadamente em 2013.
Depois de a zona do euro emergir da recessão em 2014, o crescimento irá
acelerar gradualmente, com o PIB suportado pelas exportações e pelo crescimento
da demanda doméstica, diz o relatório.
No entanto,
apesar das perspectivas de crescimento positivo para 2013, de acordo com o relatório,
o governo romeno terá dificuldades para reduzir a meta do déficit orçamentário
de 2,1% do PIB em 2013 se não realizar cortes nos gastos públicos, e não
reestruturar as empresas estatais.
Para o
período entre 2013 e 2016, o programa macroeconômico do governo implica em
manter a consolidação e reformas para melhorar a receita orçamentária, a gestão
de fundos públicos e a absorção de fundos fiscais europeus. Segundo o
relatório, as reformas nas empresas públicas, na saúde e na educação devem
sopesar a oposição política e social.
Para 2014,
o governo romeno propôs a redução do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) de
24% para 19%, e também da contribuição social, mas esses cortes serão feitos
apenas quando as condições fiscais assim permitirem.
Um conjunto
formado pelo FMI, Comissão Europeia e Banco Mundial, assinou um acordo com as
autoridades romenas em 31 de julho, visando a contínua tendência de
consolidação fiscal gradual e redução do déficit estrutural a menos de 1 % do
PIB até 2015. O programa também vai incidir sobre a reestruturação e
privatização – ou fechamento – de empresas estatais.
O governo
romeno pretende envolver a gestão privada de capital e tecnologia estrangeira
para atualizar utilitários, especialmente em energia e transportes. No entanto,
a EIU prevê que os progressos nas reformas estruturais serão graduais e
sujeitos a atrasos, em meio a oposição dos sindicatos.
O parlamento
romeno aprovou um orçamento consolidado para 2013, com uma meta de déficit equivalente
a 2,1 % do PIB. O governo, porém, não foi capaz de alcançar a meta do déficit
orçamentário de 2,2% do PIB em 2012, em grande parte em decorrência à suspensão
ocorrida em dezembro de 2012 pelos fundos europeus devido a irregularidades nos
pagamentos. Diante disso, os pagamentos foram retomados e o governo romeno está
em posição de manter o déficit orçamentário dentro da margem de 3% do PIB.
Em relação
à política monetária, o Banco Nacional da Romênia ampliou o seu foco sobre o
controle da inflação, que segue em tendência de queda constante, o que deverá
incentivar a recuperação econômica. Contudo, a Romênia vai adiar a adoção do
euro pelo menos até 2016 ou 2017 e talvez indefinidamente.
A melhor
absorção dos fundos da União Europeia (EU) contribuirá para investimentos em
infraestrutura, o que poderia levar a um aumento potencial das exportações no
longo prazo. A Romênia alcançou 22 bilhões de dólares em fundos estruturais a
partir do orçamento da UE para o período de 2014 a 2020, em comparação com os 20
bilhões de dólares para o exercício em curso (2007-2013). O país vai receber
fundos de 17,5 bilhões dólares da Política Agrícola Comum para realizar
investimentos na agricultura entre 2014 e 2020, o que representa um aumento
substancial de 13,8 € em 2007-2013.
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